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Notícias

Augusto de Campos lança novo livro na Casa das Rosas
03/08/2015

Doze anos depois de publicar seu último livro de poesias, Augusto de Campos retorna com o novo e inédito Outro (2015) que terá lançamento no dia 3 de agosto, às 19h, na Casa das Rosas.

 

O último dos escritores vivos do grupo Noigandres, do qual atuava juntamente com seu irmão Haroldo de Campos e o amigo Décio Pignatari, lança o livro em que dá continuidade às experimentações poéticas que muito influenciaram tanto músicos como Caetano Veloso, Arnaldo Antunes, Walter Franco e Tom Zé, quanto artistas plásticos e poetas de todo o mundo.

 

No prefácio, que o poeta chamou de OUTRONÃO, ele diz que há quem digaque exagera quando afirma que produz pouca poesia, mas o próprio Campos afirma "Faço poesia porque não sei fazer outra coisa. Preferi sempre a dos outros, além de outras artes. E é por isso que a minha produção de poeta-tradutor é tão mais extensa que a de meus próprios poemas."

 

O lançamento do livro, na Casa das Rosas, prova que mesmo com seu reconhecimento de tradutor, sua criação poética sempre inspirou e trouxe inovações para a literatura, por isso, o evento contará com a participação de diversos amigos e admiradores de Augusto de Campos. Trata-se de um encontro importante e raro: um dos mais influentes poetas do mundo lançando uma coletânea de poemas depois de 12 anos de silêncio.

 

O livro Outro, com texto, capa, projeto e execução gráfica do próprio autor, sairá pela Editora Perspectiva, com cerca de 120 páginas de poemas visuais e indicações de clip-poemas, que podem ser vistos na internet. O lançamento é aberto ao público, e quem comprar um exemplar terá a chance única de conhecer as criações de um dos poetas mais importantes do Brasil.

 

 

SOBRE AUGUSTO DE CAMPOS

Já em 1953, Augusto de Campos, aos 22 anos, havia composto uma série de poemas coloridos e dispostos de maneira original na página. Inspirados na música de vanguarda de Anton Webern, os textos de Poetamenos podem ser considerados os primeiros exemplos da poesia concreta. No final de 1956, Augusto de Campos organiza, com artistas plásticos e outros poetas que aderem ao movimento, uma exposição em São Paulo, transposta no início de 1957 para o Rio de Janeiro, em que a Poesia Concreta é lançada para o Brasil e para o mundo. Nascendo na mesma época da bossa nova e do rock n'roll, a poesia concreta é o primeiro estilo literário a surgir, senão antes, ao menos ao mesmo tempo, no Brasil e no resto do mundo. Numa literatura que sempre se viu atrelada às modas que vieram de fora, este é um fenômeno único.

 

Ainda hoje o radicalismo da experimentação, como a destruição do verso, as experiências de disposição original das palavras na página, a desintegração da própria palavra ou a recusa à poesia discursiva assustam e afastam leitores conservadores, gerando polêmicas acaloradas ou, pior ainda, uma estratégia de rasura bastante evidente: no Brasil, muitos fingem que nada aconteceu, enquanto os seus criadores são homenageados e celebrados nas mais prestigiosas universidades dos Estados Unidos e da Europa.

 

O mais radical dos inventores da poesia concreta, Augusto de Campos, mantém-se até hoje, aos 84 anos, absolutamente fiel às propostas iniciais de uma poesia antidiscursiva, sintética, visual e contundente. Publicou seu primeiro livro, O Rei Menos o Reino, em 1951. Durante a década de 1970, em colaboração com o artista plástico Julio Plaza, lançou dois volumes de "poemas-objeto", contendo textos tridimensionais, Poemóbiles (1974) e Caixa Preta (1975).

 

Três livros apresentam o básico de sua obra: Viva Vaia - Poesia 1949-1979 (1979), Despoesia (1994) e Não (2003). Tem publicado vários livros de ensaios críticos. Atuante crítico de música na década de 1960, foi um dos primeiros a reconhecer o talento poético de Caetano Veloso e Gilberto Gil, em ensaios reunidos no livro No Balanço da Bossa (1968). Atualmente, dedica-se a investigar novos meios para a poesia, como a holografia e a computação gráfica, e lançou, em parceria com seu filho, o músico Cid Campos, um CD com leituras criativas de seus poemas e traduções, Poesia é Risco (1994).

 


CASA DAS ROSAS
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